Blog destinado à preservação da memória do Cangaço na Bahia, em todas as suas dimensões e extensões.
17 outubro 2011
O cangaceiro "Bananeira"
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Horácio Teixeira Junior, o cangaceiro “Bananeira”, foi um dos cangaceiros aprisionados e que sobreviveram ao Cangaço.
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Conduzido a Salvador, chegou a esta cidade em março de 1932.
Junto com ele chegaram o cangaceiro “Volta Seca”, Antônio dos Santos, e o coiteiro Manoel Nascimento de Souza. Este evento provocou um verdadeiro alvoroço na cidade, transformando o dia da chegada em verdadeiro feriado local.
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Volta Seca e Passarinho
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Isto principalmente pela grande propaganda que se fizera em torno das alegadas características de “demência e denegeração racial” dos cangaceiros.
Daí, tanto “Bananeira” quanto “Volta Seca” foram imediatamente encaminhados para exames de craniometria, que buscavam enquadramento de ambos nas “características lombrosianas”. Estas apontariam as “evidências claras que indicavam tendendência ao crime”.
Para constrangimento dos "estudiosos" da época, o crânio dos cangaceiros era normal. Isto é, não apresentando quaisquer dos "indicadores de criminalidade latente", mostravam-se geralmente tranquilos, cordatos nas respostas e sem criar confusões com quem quer que fosse.
Para quem esperava encontrar um monstro... foi uma decepção para os frenologistas e fisiognomistas da "escola lombrosiana", relacionada a Nina Rodrigues... e uma vitória do grupo de Estácio de Lima...
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Cabe chamar a atenção para um erro crasso que, por vezes, aparece. Apesar da identificação por um ou outro, sem maior referência, do retratado abaixo como sendo o cangaceiro Bananeira, trata-se este, por certo, do cangaceiro Calais.
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